segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Maravilhas: Conhecer e Preservar

O movimento da coletividade, representado na Ação Civil Pública e nas representações da ADA junto ao Ministério Público da cidade e a Procuradoria de Justiça do Estado de São Paulo, lamenta a falta de sensibilidade do poder público local, que resiste em considerar legítimo o pleito da cidade, deixando assim de atender as necessidades de restauro e preservação da Rua 5 - Voluntários da Pátria, de forma rápida e objetiva. Ao adotar a postura de distanciamento das reivindicações do movimento, não respondendo aos pedidos de retomada dos diálogos com o Compphara e a Comissão de Representantes, e preferindo apostar numa possível retração da coletividade motivada pelos transtornos de uma obra suspensa judicialmente, o executivo se aprofunda na contramão da esperada gestão democrática e do devido respeito a legalidade em benefício de todos. A cidade é uma soma de sua história e todas as suas presenças e forças sociais. Propor uma política justa de desenvolvimento voltada aos mais necessitados, não impõe ao executivo o distanciamento de qualquer setor ou esfera social, pelo contrário, deveria inculcar-lhe a certeza de que todos juntos podemos unidos contribuir para uma sociedade mais justa e melhor. Alcançar estes objetivos, nunca foi e não será tarefa a ser realizada com afrontamentos e na solidão dos gabinetes, mas sim, através da sinergia alcançada com a sociedade, com respeito e tolerância para congregar todas as forças.
Marcelo de Carvalho Rodrigues

A Rua 5 foi a segunda colocada nas votações pela Internet, para escolha das 7 maravilhas da cidade. Isto demonstrou o valor bem estabelecido deste patrimônio da cidade para um público particularmente adulto, com alguma bagagem de conhecimento histórico e com acesso a leitura on line da Tribuna Impressa. Já na votação geral bem mais abrangente, e que determinou as 7 maravilhas escolhidas, onde foram computados muitos votos de crianças de várias escolas de bairros distantes do centro, a Rua 5 não apareceu entre as maravilhas escolhidas, o que reforça o pensamento de que este bem histórico deve ser preservado e conhecido por toda a cidade tal qual se consolidou com patrimônio, sem correr o risco de descaracterização e perda de seus valores tradicionais, inclusive no que se refere a sua denominação, Voluntários da Pátria, justa homenagem a 30 valorosos cidadãos voluntários na Guerra do Paraguai.

Em editorial do dia 19 /08 a Tribuna reforça a necessidade de conservação e divulgação adequada de bens históricos pertencentes a toda cidade: "...a equipe da Tribuna encontrou obstáculos importantes, que foram do descaso quanto à conservação das edificações ao desconhecimento sobre o valor real das obras que contam a própria trajetória de Araraquara..."

Para o escritor Ignácio de Loyola Brandão, em texto publicado pela Tribuna Impressa, a escolha foi clara:
"Rua Cinco em primeiro lugar. Não, não é implicância com a prefeitura, é que a rua é linda mesmo, faz anos que digo isto. A Rua Cinco foi fotografada para o Caderno de Literatura Brasileira do Instituto Moreira Salles como parte de minha geografia pessoal. E olha que os Cadernos foram publicados há muito tempo."
Em outro texto, Iganácio escreveu:
"...quando se mexe com o brio, as pessoas se movem. Em Araraquara, as pessoas já estão mobilizadas pela rua 5..."

Em sua crônica na Tribuna Impressa, o emérito advogado e cronista da cidade, Dr. José Welington Pinto, escreveu no último dia 24 de agosto: "A Morada do Sol continua a ser uma bela cidade, que tem muito a comemorar aos 190 anos, mas também muita coisa a lamentar. Haja vista o que pretendem fazer com a charmosa Rua 5. Coisa de arrepiar.Fui ver a primeira quadra entre as avenidas D. Pedro II e XV de Novembro e antes não tivesse ido."

O advogado Fernando Passos, também escreveu na Tribuna:
"Peço licença para apontar as minhas escolhas: Rua Cinco, certamente em primeiro lugar."

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