quinta-feira, 5 de julho de 2007

Poetas Cantam a Rua 5

Rua Cinco
*Prof. Dr. José Antonio de Campos Machado
Araraquara, SP, Brasil - Poeta e Cantor Barítono

Rua Cinco de minhas alegrias,
De meus amores,
De minhas fantasias.
Do Coral do Lysanias,
Onde, menino ainda,
Entre senhoras e senhores,
Timidamente começando,
Aprendendo e já cantando,
E com eles descobrindo,
- Eta grupo singular!
O prazer de lá estar,
E, após vocalizar,
O encanto de cantar.
A alegria, a satisfação,
A honra e a emoção,
- E o temor!
Ao receber, do querido Professor,
O convite pra solar
- E o medo de falhar!
Rua Cinco de minhas alegrias,
De meus amores,
De minha namorada,
De minhas flores,
A mim ofertadas,
Por minha amada,
Que se fez consorte
- Pra minha sorte!
Rua Cinco de minhas alegrias,
De meus amores,
De minha poesia,
Do pintor Ernesto Lia
- Poeta dos pincéis!
De além mar trazendo,
E à nossa terra oferecendo,
Prestígio, títulos, lauréis,
Em prosa e verso cantado,
Nosso artista consagrado.

Rua Cinco de minhas alegrias,
De meus amores,
De minhas lembranças.
Da Santa Casa de Misericórdia
- Onde nasceram minhas crianças!
Da amiga vizinhança,
Onde reinava sempre a concórdia.
Rua Cinco de minhas alegrias,
De meus amores,
De minhas incoerências.
Do rígido e tradicional Externato
- Das freiras o Coleginho!
Priorizando educação, arte, cultura,
Poucos metros distando,
Do famoso e ruidoso Bar do Zinho,
- Paradoxalmente também apregoando:
“Freqüente bar. Bar é cultura”.
Enfim, Baco e Piaget acontecendo,
Assim, ao mesmo tempo,
Diferentemente vão levando,
- Democraticamente convivendo.
Rua Cinco de minhas alegrias,
De meus amores,
De minhas amizades e nostalgias.
Da casa do Graciano
Com seu piramidal telhado,
- Nada provinciano!
Em ardósia escamado,
Que alegrava meu cotidiano.
Do SCVA e da Funerária Almeida
Da casa Paroquial e do Cartório do Moda
- Hoje não mais em voga!
Da doceira famosa
- Dona Viga saudosa,
E da madrinha Vani
- Costureira da alta moda.

Da Construtora Torello
E do nobre sócio Dinucci,
- Renato batizado,
Amigo dileto
- De todos estimado,
E meu melômano predileto.
Rua Cinco de minhas alegrias,
De meus amores,
De minha sensibilidade.
Do conservatório Musical
Maestro José Tescari,
Criatura excepcional
(Na mesma esquina, em frente,
Confluência da Portugal),
Grande regente,
Compositor genial
Do meu personagem Abraão,
Sua ópera de então.
Rua Cinco de minhas alegrias,
De meus amores,
De minha tristeza.
Ao ver aquela, hoje instalada,
Na Seis, bem estruturada,
E este – que pecado!
Desativado...abandonado!
Em tudo diferente
- Da Casa do Médico
À sua frente,
Atuante...resplendente!
Rua Cinco de minhas alegrias,
De meus amores,
De meus precantos?
Do Jardim Público
Dos Santos dos Últimos Dias,
Domicílio anterior,
Do meu estimado Professor
- Dr. Walter, do saudoso São Bento,
Em espírito o grande mentor,
De uma Fefiara engatinhante,
Empreendimento iniciante,

Mas que pelo andar e pela forma,
Logo, logo se transforma,
Em grande e poderosa entidade,
Quiçá em novel universidade.
Rua Cinco de minhas alegrias,
De meus amores,
De minha morada.
Mil, setecentos e setenta e nove,
Entre Feijó e Espanha,
E que logo, logo ganha,
Edifício de renome,
Monte Carlo, no lançamento,
Do Oitis, ao lado, crescendo,
Para onde Deus querendo,
Ainda volto correndo.


HÁ ESPERANÇA NA RUA
*Denise Severgnini - Recanto das Letras
Novo Hamburgo/RS - Brasil, Escritora Amadora

Um verde esmeralda tinge a paisagem
Até onde minha visão tenta alcançar
São muitos metros, mensurável metragem
De total beleza e maravilhas a olhar

É uma rua tão linda
De felicidade mil
Ela existe ainda
É feita a quem não cometa ardil

Esta rua infinita e de lembrança
Viverá sempre na eternidade
Daqueles que buscam a felicidade
E nunca perdem a esperança.

*http://www.denisesevergnini.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=550823
Homenagem à Rua Voluntários da Pátria, a Rua 5, como é conhecida e carinhosamente chamada em Araraquara.


A RUA 5 É DA CIDADE
Lina Meirelles - Recanto das Letras
Rio de Janeiro/RJ - Brasil, Escritora Amadora


A rua é do povo da cidade.
Os oitis são da rua e do povo.
O povo da cidade vive na rua dos oitis.
Os oitis vivem na rua da cidade do povo.
O povo da rua quer os oitis da cidade.
Os oitis querem a rua da cidade do povo.
Os governantes da cidade são eleitos pelo povo dos oitis, da rua.
O povo da cidade quer : os oitis ficam na rua!
O governo que mude ou que se mude o governo.


RUA CINCO
Saji Pokeo - Recanto das Letras
São Paulo/SP - Brasil, 55 anos, Escritor Amador


Oh! rua Cinco, tão querida,
Local tão amado desta gente,
Que essa modernidade atrevida,
Não estrague o nosso ambiente!

Vamos lutar, de forma veemente,
Contra essa idéia desvalida,
Oh! rua Cinco, tão querida,
Local tão amado desta gente!

Desta cidade, és preferida,
Faz parte da memória latente,
És patrimônio de nossas vidas,
Conosco estarás sempre presente,
Oh! rua Cinco, tão querida!

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